Hoje, celebramos a festa da Transfiguração de Jesus diante dos discípulos Pedro, Tiago e João.
Segundo o evangelho de Marcos 9,2-13, Jesus se retira com três discípulos para um monte, após ter anunciado a sua própria morte e ressurreição. Os discípulos, então, contemplam um espetáculo da graça: veem Jesus ressuscitado antecipadamente, em sua glória.
Reflitamos sobre este evangelho. Ele fala de luz. Segundo os sentidos, a luz do sol é a mais intensa que se conhece na natureza, mas, segundo o espírito, os discípulos viram por um breve instante, um esplendor ainda mais intenso, ou seja, o esplendor da glória divina de Jesus, que ilumina toda a história da salvação da humanidade.
São Máximo, o confessor, afirma “que as vestimentas que se haviam tornado brancas levavam os símbolos das palavras da Sagrada Escritura, que se tornavam claras, transparentes e luminosas”.
Diante disso, nós podemos perceber que a Transfiguração não é uma mudança em Jesus, mas é uma revelação de sua divindade, a íntima compenetração de seu ser com Deus, que se converte em luz pura. Em seu ser um com o Pai, o próprio Jesus é luz da luz.
Pedro, Tiago e João, contemplando a divindade do Senhor, se preparam para enfrentar o escândalo da cruz, como se canta num antigo hino: “No monte te transfiguraste. Na medida de sua capacidade, contemplaram tua glória, para que, vendo-te crucificado, compreendessem que tua paixão era voluntária e anunciassem ao mundo que tu és verdadeiramente o esplendor do Pai”.
Caros irmãos e irmãs, participemos também nós desta visão e deste dom natural neste dia, dando espaço à oração e à escuta da Palavra de Deus. Em Jesus, nós nos tornamos os filhos amados do Pai.
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