terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

As cinzas da quarta-feira


                    “tu és pó e ao pó retornarás.” (Gn 3,19)

Terminou a terça-feira de carnaval, com ela acabaram-se os desfiles de escolas de samba, os blocos de rua se recolheram e o povo trocou a fantasia; é quarta-feira de cinzas e estamos na quaresma ...
Embora correndo o risco de ser repetitivo no tema, principalmente neste período, antecipo minhas escusas, mas acredito que possa ser interessante discorrer um pouco sobre a quarta-feira de cinzas.
Sob a ótica da curiosidade apenas, as cinzas que nos são impostas na missa de quarta-feira de cinzas provém da queima dos ramos utilizados na celebração do Domingo de Ramos do ano anterior.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A Quaresma nossa de todos os anos

Iniciamos nessa última quarta-feira de cinzas (22.02.12) mais um período Quaresmal. Mais um ano em que a Igreja proporciona um período para reflexão, conversão, oração e jejum.
Todo ano, logo após o carnaval entramos em um tempo litúrgico que nos propõe um momento de reflexão para nossa vida pessoal, cristã e espiritual. Nossa liturgia nos leva a um clima de “exame de consciência” para a espera da Páscoa.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SER


Ao pensar no relato da criação, em Gênesis, observamos que Deus não quer apenas que o Homem exista como as demais criaturas, ele nos fez para que sejamos participativos e nos criou a sua imagem e semelhança; isto implica em participar da inteligência e liberdade divinas. Somos convidados a viver na intimidade de Deus e isto acontece quando vivemos no Amor de Deus.
Como SER humano, o homem é único, comunitário e divino; é um SER único na medida em que foi criado por Deus para ser responsável por todas as outras coisas criadas e é livre para cultivar, viver e amar (Gn 1, 26-30). Assim cada SER é único em suas escolhas e vontades, podendo livremente decidir – Livre Arbítrio.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A Banalização dos Sacramentos

Quero expor toda minha tristeza e agonia que sinto a cada dia, quando observo que os sacramentos de Jesus se perdem no coração dos homens e da própria Igreja.

Vou dizer algumas coisas sérias e talvez impactantes para alguns, mas estarei dizendo o que sinto e percebo com o dia-dia dos nossos sacramentos. E tenho certeza que o que vejo não é exclusividade dos meus olhos.

Durante todos esses anos de catequista, observo cada dia mais a banalização descarada dos Sacramentos Cristãos. É um absurdo a forma que as pessoas encaram os Sacramentos, sem nenhum respeito, sem nenhum apresso, sem nenhuma sacralidade da qual deveria existir. E não é por falta de conhecimento, porque muitos conhecem e entendem os Sacramentos, mas mesmo assim o desrespeitam. Vamos pontuar cada um deles:

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Iniciativa e acabativa – No contexto comunitário



Em novembro de 1998, li e reli várias vezes um artigo[1] numa revista semanal nacional, onde o articulista apresentava seu texto como um teste de personalidade e após definir iniciativa, fazia o mesmo para o neologismo acabativa. A partir daí, dividia a humanidade em três categorias, quais sejam: os empreendedores - pessoas que tem ideias e as colocam em prática; os iniciativos – cheios de ideias, mas sem a disciplina para colocá-las em prática e os acabativos – perseverantes e repetidores, voltados ao processo.

Nas palavras do próprio autor, esta singela classificação explicaria muitos dos problemas do mundo moderno e em especial, o problema do Brasil, que seria o “excesso” de iniciativa, a supervalorização dos criativos e consequentemente o pouco reconhecimento aos acabativos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Ai de mim!


Graça e paz da parte de Cristo!
Na liturgia de domingo passado (05.02.12) ouvimos na segunda leitura a carta de Paulo aos Coríntios (1Cor 9,16-19.22-23) onde Paulo nos diz da sua necessidade de Evangelizar e nos dá um alerta: “Ai de mim se não Evangelizar”!

O que Paulo quer nos dizer com isso?

De modo geral, a ação de evangelizar é como uma relação com a divindade, uma missão ligada à transcendência, uma notícia da parte de Deus. O mensageiro é, não raro, visto como um “anjo” de Deus, um embaixador dos céus, alguém que representa, que significa e que traduz uma mensagem do alto.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Cano de Calha

        
Algumas pessoas sempre se sentem na obrigação de serem canais de graça e conversão para os outros. Eu não discuto sobre isso, acredito que realmente nós somos canais de graça, mas não o tempo todo. Somos humanos, fracos, pecamos e por isso nem sempre estamos aptos para ser canais de graça para qualquer pessoa.

Um dia desses, conversando com meu grupo de catequistas, discutíamos sobre até onde vai nossa obrigação de catequistas, e eu passava pra eles sobre o entendimento que devemos ter sobre a conversão dos catequizandos. Não podemos nos responsabilizar sobre coisas que não são da nossa alçada.