
Seria cruel imaginar que o Deus que se faz homem, se faz como um homem inatingível. Essa nunca foi a proposta de Deus. Deus que se faz homem, se faz em um Cristo igual a mim e a você. E mostra por meio da doação, da entrega, que eu também sou capaz de me entregar.
Se entregar é se dedicar para a obra de Deus, é rezar sempre mais do que já rezo, é aprender mais do que já sei, é buscar uma intimidade cada vez maior com o Divino. É entregar um folheto na porta da igreja como se isso fosse a coisa mais importante do mundo. É cantar no ministério de música como se fosse sua última missa. Mas isso precisa ser feito com os olhos para o céu, pois a verdadeira doação é aquela que não é fim, mas meio, meio que nos leva ao Pai.
Da mesma forma que nos reunimos com amigos em torno de uma mesa para comer com a intenção de nos reunir e se divertir. Da mesma forma que damos flores a alguém com a intenção de demonstrar o nosso amor. Devemos nos doar, pelo simples fato de querer imitar Jesus, porque isso me leva ao Pai e faz com que eu e Ele sejamos um.
A grande beleza de viver como igreja é ver uma grande família, um grande grupo, uma comunidade inteira que se doa se tornando um em Deus e fazendo com que Deus se doe por meio de todos.
Ao me doar pro meu irmão é como se o próprio Deus se doasse por ele por meio de mim. É gratificante quando você termina um encontro de catequese e vendo sua turma ir embora, mesmo cansado, com dor nas pernas, a garganta seca, você sabe que eles levam um pouquinho de Jesus no coração, Jesus que foi doado por você.
O catequista que entende que “dar catequese” é “se dar”, entende a experiência de Jesus. Ser catequista é conseguir que a cada encontro, a cada palavra, um pouco de você vai embora e um pouco de Jesus fica no coração daquele catequizando.
Isso é doação, isso é entender Jesus, isso é ser cristão!
Pense nisso!
Fernando Lopes
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