sábado, 7 de julho de 2012

Sobre o AMOR!



“Ama teu próximo como a ti mesmo”, assim fala Deus na lei dada a Moisés.

A ordem é clara, direta e objetiva, porém; cumpri-la já é outra história. Talvez grande parte da dificuldade deva-se justamente a nossa limitada lógica humana e por não conseguirmos perceber o mandamento conforme a lógica de Deus.

Somos muito rápidos e bastante abrangentes quando precisamos falar sobre como queremos e esperamos ser amados pelos que nos cercam; porém nem sempre somos tão generosos quando as posições se invertem.


Quando falamos sobre Deus e sobre amor, precisamos ter em mente que cada um de nós é um ser único, e que esta individualidade vai fazer com que as outras pessoas nos amem do jeito que cada uma delas sabe amar.

Esta observação é perigosa se vista por lentes seculares e egoístas, pois poderia conduzir a falsa conclusão, que muitas vezes nos “atropela”, de que “só quem gosta de mim sou eu mesmo”. Nada mais falso e sem sentido; ao nos aprofundar no entendimento da ordem dada a Moisés, é simples perceber que o pedido é para cada qual amar segundo sabe e o faz consigo mesmo.

É daí que vem o conflito, nosso egoísmo e soberba nos leva a querer que sejamos amados conforme o nosso desejo e não segundo a capacidade do outro. E o mais importante, Deus não diz a Moisés que os outros devem te amar conforme você se ama, ou seja, não espere deles o amor que quer, mas, entregue a eles o amor que você tem...

Amar ao próximo como a ti mesmo deve nos levar a entender que: “as pessoas só podem me amar do jeito que elas sabem e podem; ninguém poderá me amar do jeito que eu quero ser amado. SOMENTE DEUS NOS AMA BEM ALÉM DO QUE PODEMOS IMAGINAR”.

Se conseguirmos viver segundo este entendimento, fica muito mais fácil compreender o próximo, e ao compreendê-lo, aceitá-lo e amá-lo, mesmo com suas carências, dificuldades e falhas; e esperar que os outros também possam ser capazes do mesmo entendimento para comigo; e se assim não acontecer, que Deus nos auxilie, com um coração mais misericordioso e compreensivo.

Pensemos nisso, e quando pudermos agir assim (e não é nada fácil), poderemos então tentar o segundo passo - lembremos o ensinamento de Jesus: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como Eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.” (Jo 13,34). Só aí  então poderemos chamar uns aos outros de Cristãos.

Que o Amor de Deus por nós nos ensine a amar verdadeiramente, amém.


Carlos Rissato

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