Num texto recente (Evangelizar
pelo interfone) este blog partilhou uma questão crucial nos dias atuais, o
isolamento e a dificuldade de comunicação, bem como as limitações que estes
fatos impõem à evangelização.
No último domingo (4º Domingo da
Páscoa), celebramos “O Bom Pastor” e rezamos pelo dia mundial das vocações; na
próxima semana (de 7 a 10 de maio) clérigos e leigos ligados aos diversos
departamentos e organismos responsáveis por catequese nas Conferências
episcopais da Europa estarão reunidos na Domus Marie em Roma, para o XII
Congresso Europeu para a Catequese. O Congresso se concentrará no tema da
iniciação cristã segundo a perspectiva da nova
evangelização, com especial atenção às crianças e jovens de 7 a 16 anos.
Aqui no Brasil, durante a 50ª
Assembleia Geral da CNBB (leia no blog: A
Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja), registrou-se o recebimento
do recém-lançado livro “Reflexões sobre a Nova Evangelização na América Latina
– Desafios e Prioridades”, onde são apresentadas as reflexões da jornada de
estudo realizada em novembro último no Vaticano pela Pontifícia Comissão para
América Latina. O livro é uma preparação para o próximo Sínodo dos Bispos que
se realizará em outubro e que tem como tema “A nova evangelização para a transmissão
da fé”, no marco do Ano da Fé convocado pelo Papa Bento XVI.
A Europa e o XII Congresso
Europeu para Catequese talvez fiquem longe das “terras brasilis”; o contexto
socioeconômico de lá talvez não seja muito parecido com o de cá; as diferenças culturais
entre o “velho continente” e o “novo mundo” talvez sejam enormes; mas ao
recordarmos a intervenção do Cardeal Joseph Ratzinger durante o Congresso dos
Catequistas e dos Professores de Religião (dezembro de 2000 em Roma),
percebemos o quanto a existência humana é uma questão aberta, um projeto
incompleto, que precisa ser realizado de forma absoluta e independe de
contextos ou relativismos.
O caminho para a completude é
Jesus Cristo; evangelizar é mostrar este caminho – Eu sou o Caminho, a Verdade e Vida (Jo 14,6). A incapacidade de
alegria é o tédio da vida longe de Deus, é a verdadeira pobreza, e esta pobreza
encontra-se difundida nas mais diferentes formas, tanto nas sociedades
materialmente ricas como também nos países com mais dificuldades financeiras.
Conforme explicou o Cardeal
Ratzinger no Congresso citado acima: “A incapacidade de alegria supõe e causa
incapacidade de amar, inveja e avareza, vícios que devastam a vida dos
indivíduos e o mundo. Eis por que precisamos de uma nova evangelização, se a
arte de viver permanece desconhecida, tudo o mais deixa de funcionar. Mas esta
arte não é objeto da ciência esta arte só pode ser comunicada por quem tem a
vida, aquele que é o Evangelho em pessoa.”
Frente ao contexto exposto e
olhando novamente para nosso último texto publicado (Estudar
nunca é demais), resta-nos apenas convidar todos a procurar suas paróquias
em busca de subsídios, informações e orientação sobre como é possível
participar do imprescindível trabalho de Evangelização e que Deus nos ilumine e
abençoe.
Carlos Rissato
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